O assunto está na mesa, é pauta aqui no Brasil e na Argentina. Precisamos ter uma conversa muito honesta sobre aborto. Primeiro, vamos partir do seguinte princípio: ninguém é “a favor do aborto”. Esquece isso! A mulher interrompe a gravidez porque precisa, porque aquela gestação não é possível. É um processo doloroso e, quando lançado à marginalidade, fica ainda pior. Até nos casos previstos em lei, o processo hoje no Brasil é lento e traumático. O País não oferece ferramentas para evitar uma gravidez indesejada e prende a mulher, que é vítima desse sistema de omissão. Quando falamos em educação, nossas escolas não abrem o debate sobre educação sexual. É um tabu imenso! Na saúde pública, nem sempre temos acesso à terapia adequada. Lembre-se: cada mulher é única. Um método eficiente para uma não significa sucesso para todas. E, no campo da ciência, devemos lembrar que, não importa o método contraceptivo, todos têm risco de falha. Quando pedimos a descriminalização do aborto não estamos querendo que toda mulher tire seu filho. Pelo contrário! Queremos segurança e suporte para que a mulher possa fazer uma escolha adequada e consciente para sua vida. Em países onde a interrupção da gravidez é autorizada, como nosso vizinho Uruguai, observa-se uma queda relevante nos casos de aborto. E o mais importante: nenhuma mulher morta em decorrência da clandestinidade. Em um sistema de saúde - público ou privado - que ampara e oferece apoio psicológico, a mulher pode ver de forma mais ampla aquela decisão. O que queremos é que as mulheres não sejam mais tratadas como caso de polícia, mas como uma questão de saúde. Independentemente de visões pessoais, não podemos furtar o direito da mulher sobre seu corpo, sobre sua própria vida, sobre suas decisões. A escolha de manter ou não uma gestação deve ser individual, da mulher, e não uma imposição do Estado. Que possamos debater de forma adulta e civilizada. E que possamos encontrar um caminho que resulte em educação sexual para prevenir, em amplo acesso a métodos contraceptivos para não engravidar e em aborto legal e seguro para não morrer.

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Tais Araújoのインスタグラム(taisdeverdade) - 8月10日 04時02分


O assunto está na mesa, é pauta aqui no Brasil e na Argentina. Precisamos ter uma conversa muito honesta sobre aborto. Primeiro, vamos partir do seguinte princípio: ninguém é “a favor do aborto”. Esquece isso! A mulher interrompe a gravidez porque precisa, porque aquela gestação não é possível. É um processo doloroso e, quando lançado à marginalidade, fica ainda pior. Até nos casos previstos em lei, o processo hoje no Brasil é lento e traumático. O País não oferece ferramentas para evitar uma gravidez indesejada e prende a mulher, que é vítima desse sistema de omissão. Quando falamos em educação, nossas escolas não abrem o debate sobre educação sexual. É um tabu imenso! Na saúde pública, nem sempre temos acesso à terapia adequada. Lembre-se: cada mulher é única. Um método eficiente para uma não significa sucesso para todas. E, no campo da ciência, devemos lembrar que, não importa o método contraceptivo, todos têm risco de falha. Quando pedimos a descriminalização do aborto não estamos querendo que toda mulher tire seu filho. Pelo contrário! Queremos segurança e suporte para que a mulher possa fazer uma escolha adequada e consciente para sua vida. Em países onde a interrupção da gravidez é autorizada, como nosso vizinho Uruguai, observa-se uma queda relevante nos casos de aborto. E o mais importante: nenhuma mulher morta em decorrência da clandestinidade. Em um sistema de saúde - público ou privado - que ampara e oferece apoio psicológico, a mulher pode ver de forma mais ampla aquela decisão. O que queremos é que as mulheres não sejam mais tratadas como caso de polícia, mas como uma questão de saúde. Independentemente de visões pessoais, não podemos furtar o direito da mulher sobre seu corpo, sobre sua própria vida, sobre suas decisões. A escolha de manter ou não uma gestação deve ser individual, da mulher, e não uma imposição do Estado. Que possamos debater de forma adulta e civilizada. E que possamos encontrar um caminho que resulte em educação sexual para prevenir, em amplo acesso a métodos contraceptivos para não engravidar e em aborto legal e seguro para não morrer.


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2018/8/10

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